Linhas soltas

Hoje acordei e pensei na frase de Drummond: "Mas as coisas findas,muito mais que lindas, essas ficarão(...)". Lembrei de vários sorrisos, de momentos, de páginas da minha existência. Relembrei que as pessoas podem ir-se e vir-se, mas as lembranças do que compartilhamos com elas de alguma forma ficam. E no mais, o pensamento me levou a reforçar algo que todos nós sabemos, mas fazemos questão de fingir que não: Complicamos tanto a vida e muitas vezes ela é de uma simplicidade tão incrível que não nos deixamos, diante das sutilezas escondidas, perceber isso.

Você já parou para pensar que somos de fato atores da vida real?

Refletindo sobre as relações humanas, percebi que diante de diferentes grupos podemos ser os mais diversos personagens. Para entender melhor isso, basta pensar em como você acha, por exemplo, que sua família, seus amigos, colegas de trabalho e companheiro afetivo te veem. Percebe? Cada um desses conhece uma diferente face do seu eu, ou seja, um determinado personagem.

Nós nos moldamos a diversos grupos e situações, frequentemente, em alguns casos, em busca de aceitação - e isso se reflete na capacidade de adaptação -por vezes desconhecida - do ser humano; embora tenhamos características que determinam a essência de quem somos de fato.

Assim, somos ao mesmo tempo aquele alguém supersimpático a quem o carteiro entrega a tão esperada encomenda, o ser enjoado que não dá trela para todo mundo, o perfeccionista que quer sempre fazer seu trabalho com excelência, o doce romântico que apenas almeja um amor puro e verdadeiro... Somos um e ao mesmo tempo infinitos autênticos personagens de um enredo chamado vida.

- 6 de maio de 2014.

Interpretação de Parsifal - Por Neil Strauss

No livro que estou lendo atualmente, encontrei a passagem que vem a seguir. Achei bem válida a interpretação e decidi compartilhá-la.

Caros leitores...

Quero apenas deixar um comunicado:
Não me importo de forma alguma que usem meus textos em outros blogs, desde que referenciem. Os textos que aqui estão expostos foram todos escritos por mim - e as frases ou trechos de livros que não são meus estão entre aspas e/ou referenciados. Então, espero que, como boas pessoas, façam o certo :)

Att.,
Mislainy M.

"Como é que se escapa do cárcere profundo da consciência?...

 Que tipo de escada se usa para isso?"

O  dia do Curinga  - Jostein Gaarder

Ao meu ver quando se tem consciência e se comete um ato errado, a pessoa acaba presa em um cárcere e não há como escapar dele, mas libertar-se sim.

A liberdade para esse prisão acaba vindo quando a pessoa reconhece o erro e toma alguma atitude com relação a isso - seja essa atitude um pedido de desculpas, contar a verdade ou, se houver como, tentar reparar o dano que o ato causou a alguém.

Para mim, ter consciência e usá-la é uma das maiores virtudes de um ser.

11/02/2012

Um filme que merece ser assistido: HER

Não costumo fazer postagens sobre filmes, mas dessa vez tive que abrir uma exceção, afinal Her é de uma beleza tão grandiosa que sinto a necessidade de partilhar com o máximo possível de pessoas a experiência que esse longa metragem proporciona.
É um filme simplesmente fantástico, lindo e com uma ótima trilha sonora - isso sem falar da fotografia! Fazia tempo que não assistia a algo assim - e olha que eu assisto muitos filmes. Sério, assista, não vai se arrepender.
Creio que todos que já vivenciaram um relacionamento amoroso (daqueles que fazem jus a expressão) com certeza irão se identificar com muitas cenas, pensar em alguns bons/ruins momentos desse relacionamento e refletir sobre os erros/acertos cometidos. Nesse sentido, ao meu ver, a cena final "fecha com chave de ouro" uma reflexão sobre nossas vidas, nossos relacionamentos e nossa individualidade (enfim, sobre nós).
Sintetizando: Apaixonei-me e, ao assistir, você entenderá o porquê.

"Viver é uma dádiva fatal..."

"...No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas vamos com calma." - Legião Urbana

Viver, dia após dia, tem se mostrado cada vez mais um espetáculo circense -no sentido surpreendente da expressão, digamos assim. Há informações demais para se lidar, uma vida acontecendo e eu no meio disso tudo tendo que encaixar peças, escutar o que o mundo tem a falar e não conseguindo responder as 'palavras cruzadas' por falar um idioma diferente.

Antigos diálogos

E. Costa: Muitas vezes aquilo que um ser humano mais quer é apenas alguém que o escute.
M. M: E não necessariamente, por escutar, também tenha que falar. Porque às vezes no silêncio são ditas mais coisas do que em palavras.

Em: 27 de maio de 2013