sábado, 23 de abril de 2011

"Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...

pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo."

Então eu estou aqui, prestes a ir embora, prestes a me aventurar numa nova realidade.
Esse futuro que em breve se tornará o meu presente parece-me bastante desafiador, de modo que eu não consigo imaginar claramente como será.
Agora, mais do que antes, eu continuo a acreditar que Deus põe as pessoas em nossas vidas no momento em que realmente precisamos conhecê-las e estas mesmas pessoas se vão quando é chegada a hora. Assim, todas elas conquistam o espaço que as pertence, nos ensinando o que precisamos aprender naquele momento de nossa existência. O problema é que na maior parte das vezes não sabemos administrar bem o meio tempo entre a chegada e saída delas, o que acaba gerando sofrimento.
Estou tentando assimilar melhor o fato de que em breve algumas pessoas sairão da minha vida, bem como também a chegada de novas.
Ontem, ver alguém que no passado fora importante para mim fez-me perceber o quanto a raça humana é mutável. Quando um relacionamento chega ao fim (amizade, namoro, seja lá o que for), chegamos a pensar que nossa vida acabou e não buscamos encarar esse fim como uma coisa que era para acontecer, que precisava acontecer. Não percebemos que ali é o início de uma nova etapa, geralmente só entendendo esse fato e o poder do tempo após ter se passado um longo período. Ainda bem que eu consegui entender isso, espero que quem leu esse texto também.

M,
18 de fevereiro de 2011.

domingo, 3 de abril de 2011

‘Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol’

Esta é uma das frases de um dos meus livros preferidos: ‘O pequeno príncipe’ e realmente se encaixa muito bem na vida de grande parte das pessoas que eu conheço, inclusive na minha.

Mas por que será que quando estamos tristes gostamos de ver o pôr-do-sol? O que há de mais em olhar para o céu e ver o sol indo embora e a lua chegar? Provavelmente não existe uma explicação lógica para isso, mas acredito que a calmaria de um fim de tarde é algo tão magnífico que, ao estarmos tristes, nos traz certo conforto momentâneo e acaba nos fazendo querer voltar a acreditar naquela fé que nos fazia otimistas demais.

Enquanto o sol está lindo e absoluto preparando-se para ir passear na China, você está ali, pensando que o melhor seria morrer e que mais nada nisso tudo que chamam de vida tem sentido. É nessa hora que você olha para o céu e começa a pensar, pensar e pensar. No meio dos seus pensamentos você acaba parando para apreciar o espetáculo particular que o sol dá e só acontece uma vez por dia, percebendo então que ele está ali, todos os dias, independentemente do que aconteça, enfrentando o seu dia e fazendo o que tem que fazer: iluminar; ao mesmo tempo que você está sofrendo, chorando, morrendo por dentro e não faz nada para mudar isso, apenas se conforma com a tristeza habitando o seu corpo.

E assim, foi olhando o pôr-do-sol que aprendi a seguinte lição: Não importa o que aconteça hoje conosco, sempre existe um amanhã e por pior que as coisas possam parecer, como diz uma frase bem clichê que existe: ‘não há nada como um dia após o outro’. Vamos depositar nossas esperanças no amanhã, mas sabendo que obstáculos e momentos ruins sempre estarão presentes e que por serem necessários, devemos buscar aprender a lidar com eles e não deixar que sejam o foco de nossas vidas.