domingo, 26 de fevereiro de 2012

Retalhos de mim

Imagem disponível em: Acesso em 27 fev. 2012

Chegando junto das minhas esperanças passadas, sentada sobre minhas frustações, penso nas situações que enfrentei e em cada arrepio gerado ao tomar decisões, ao domar vontades e ao doar novas oportunidades.
Ao nascer de todos os dias eu prometia a porta aberta manter, o olhar distante sustentar e a voz no silêncio costurar, mas ao mesmo tempo nada prometia ao meu coração. Este órgão vital, ao contrário de mim acompanhado e à margem, ficou sem previsões de um futuro ao qual estou confinada. A confusão dos teus medos e de tuas promessas confortava-o ao ponto de desperta-lo ao sentir teu cheiro. A mudança de plantão gera mais que dúvida, deixa minha vida paralisada e minhas certezas misturadas.
Nessa rotina, eu não sabia mais o que moldava meus princípios e o que alinhava minha opinião. Por que em mim há essa insistência de querer analisar todas as orações, toda coesão, regência e interpretação para obter a força necessária de colocar um ponto final nessa situação? Minha história tem mais fim que começo. Em mim há mais de você do que alguém possa imaginar, pelos menos era assim que eu pensava. 
Como você pode ver eu não sorrio com o coração, apenas com os lábios, lábios estes que um dia foram seus. Não te vejo com tanta frequência quanto outrora e quando vejo, não reconheço. Ao te avistar a saudade vem logo me cegando e adormeço nos meus sonhos antes que você se aproxime e me acorde para encarar a realidade vivida –separadamente- por nós agora. 
E eu que pensava nunca vir a conseguir viver sem você. Eu, mil vezes humilhada em busca de um carinho que só agora percebo há muito tempo ter deixado de ser meu. Talvez não seja o amor que cegue as pessoas, talvez sejamos nós mesmos que nos deixemos cegar.
Quem sabe eu já não enxergue as coisas da mesma forma. É fato que o tempo passou e eu me reconstruí. Aquele coração quebrado agora está cicatrizado. Passei a enxergar o que eu julgava ser seu amor não mais uma prioridade, mas uma daquelas coisas que a gente coloca dentro daquela caixinha que guardamos na última gaveta do guarda roupa e que a gente nem abre, atrás de todas as outras coisas.
A verdade é que “com a coragem que a distância dá fica mais fácil” (HG).

Texto feito em parceiria com minha queria amiga Alinne Louise (http://cachichostostados.blogspot.com)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Outros tempos

Old times.
Old memories.

Velhos sorrisos, velhos encantos.
Velhos amigos, velhas saudades.
Velhas brincadeiras, velhos passeios.
Velhas conversas, velhas piadas.
Tudo está tão longe...
Sobra a saudade, sobra a certeza e, junto com elas, também o aprendizado.
A saudade do que foi e não volta mais.
A certeza de que as coisas boas sempre ficam.
O aprendizado que todas essas velhas coisas proporcionaram.

Aquele velho pensamento...

Não sei ao certo o que penso sobre algumas pessoas no momento, só sei que não estou com nem um pouco de ânimo em relação a continuar me esforçando em manter amizade com elas.
Não que eu seja a senhorita perfeita e sem defeitos. Sei que sou um abuso de pessoa, talvez a amiga mais autoritária e sarcástica de alguns. Mas quando não se tem nada a ver com os problemas dos outros e acaba-se sendo tratada de certa maneira friamente sem nenhuma explicação, a gente acaba com um pé atrás, e às vezes, com sorte, até cria um pouco de vergonha na cara.
Não estou dizendo que nunca fiz isso, sou totalmente consciente de que já errei com N pessoas N vezes, mas procuro não repetir esse tipo de erro. Prefiro, sem dúvida alguma um 'olhe, estou com problemas, não estou com ânimo pra conversar, quando estiver melhor te procuro' do que respostas curtas e rápidas sem sentimento. Até um sumiço é melhor.
Às vezes eu realmente me canso de tanta falta de feedback, mas lembro que a gente não deve ficar presa às idealizações que temos das pessoas. "Devemos nos doar sem esperar nada em troca", concordo plenamente. O difícil é nossa mente aceitar e assimilar essa famosa frase.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Às vezes




Às vezes eu canso de tudo, às vezes eu quero viver tudo outra vez.
Às vezes sou chata (frequentemente), às vezes sou alegre demais.
Às vezes sou bruta, às vezes sou exageradamente sentimental.
Às vezes eu só queria que tudo voltasse ao normal.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E onde está a nossa qualidade de vida?

Vivemos vidas turbulentas cheias de tarefas, regras, preocupações.
Estudamos uma vida inteira para no futuro termos um bom emprego que às vezes nem surge e, quando surge, acaba tomando todo o nosso tempo. Trabalhamos visando termos mais e mais, porém, ao se dedicar tanto ao trabalho, esquecemos que precisamos viver e não apenas existir.
Constantemente estamos estressados com o trabalho, com a família, com seja lá o que for. O estresse é uma marca registrada do século XXI. 
Estressamo-nos por não conseguir alcançar o sucesso almejado mesmo nos dedicando integralmente aos nossos empregos. Estressamo-nos por nossas famílias ou pessoas próximas quererem tomar decisões que só cabem a nós. Estressamo-nos por de uma forma ou de outra acabarmos pensando e se importando com o que a sociedade acha de nós, dos nossos atos.
E assim, no fim das contas, acabamos numa vida superficial, presos a muros e grades construídos por nós mesmos.